Sinopse: Em um mundo devastado por um vírus mortal, Alice continua sua jornada para encontrar e proteger os poucos sobreviventes que restaram. Lutando contra a Umbrella, a guerra se torna mais violenta e ela recebe ajuda inesperada de uma velha amiga.
O único lugar que ainda permace aparentemente seguro é Los Angeles, até que a cidade é invadida por milhares de zumbis que trarão terror aos poucos vivos que ainda restam, Alice está prestes a entrar em uma armadilha mortal.
Mesmo sofrendo muitas críticas negativas, a adaptação do game “Resident Evil” persevera como grande sucesso de público, tanto que conseguiu chegar até a sua quarta parte. Os fãs do game parecem não se importar com a baixa qualidade das adaptações, mas acabam se entregando ao concordar que o primeiro filme é até hoje o melhor da franquia, dirigido e roteirizado por Paul W.S. Anderson, que depois preferiu passar o bastão para outros profissionais, ficando responsável apenas pelo roteiro e produção das continuações
Assim como diz o subtítulo nacional, Anderson retorna a cadeira de diretor para recomeçar a franquia, tentando corrigir os erros do passado e seguir um novo rumo. Para ajudar nessa tarefa, utiliza a tecnologia do momento, o 3D, rodando o filme com as mesmas câmeras usadas por James Cameron em “Avatar”.
Na parte dos efeitos especiais, Anderson cumpre sua missão de forma correta. Utiliza na hora certa os efeitos, criando cenas que levam ao extremo da tecnologia, mas por outro lado repete os mesmos erros narrativos dos filmes anteriores e ainda contribui para aumentar os defeitos da trama, criando um filme frio, desprovido de emoções.
A cena inicial exemplifica o filme perfeitamente: grandes efeitos especiais que escondem uma história sem nexo. Alice (Milla Jovovich) invade a central da Umbrella, utilizando suas armas, superpoderes e clones. A cena parece uma cópia em 3D de alguns momentos da trilogia “Matrix”. Tudo isso para chegar ao líder da empresa, Wesker (Shawn Roberts), com o visual idêntico ao quinto game da franquia – e curiosamente também dos agentes de “Matrix”, com direito a super slow motion para desviar de balas…
Depois de 30 minutos de tiros e explosões, tudo termina numa troca de tapas sem graça, com Wesker conseguindo tirar os poderes de Alice, que volta a ser uma simples humana.
O início com cara de final mostra a grande confusão da história. Anderson gasta mais de 30 minutos com essa cena, simplesmente para concertar um erro do terceiro filme, que transformou Alice numa super-heroína imbatível. O problema do roteiro e da direção desatentos é que a Alice humana é a mesma com ou sem poderes: ela apanha, explode num avião e leva facadas, mas na cena seguinte aparece sem um ferimento sequer. Para piorar, sua intérprete Milla Jovovich, apesar da sua beleza, continua sendo uma atriz sem a menor expressividade.
Daí em diante, o filme só piora, com Alice e seus companheiros tentando sobreviver aos ataques de zumbis, que desta vez aparecem pouco na trama, outra mudança absurda na história do game original.
Um dos poucos acertos do roteiro, mesmo que sem essa intenção, é centralizar a trama em Alice, o que acaba poupando o público de aguentar o fraco elenco de coadjuvantes. Claire (Ali Larter, da série “Heroes”) praticamente não tem importância na história e outros atores aparecem sem falar uma palavra.
A novidade no elenco é a presença do personagem querido pelos fãs do game, Chris Redfield, que, na versão de Wentworth Miller (série “Prison Break”), virou um machão que só serve para falar frases de efeito e dar tiros.
Anderson agrada aos fãs xiitas de “Residente Evil” filmando cenas do quinto game, que foi a sua grande inspiração para criar essa continuação. Só que até essa referência ele conseguiu estragar, fazendo alterações nos momentos mais importantes, inclusive na luta final.
A única vantagem dessa predileção pelo jogo mais recente da franquia é a presença do carrasco grandalhão Executioner, que participa do único bom momento do filme, jogando o seu machado na cara do público, aproveitando as vantagens do 3D.
A história sem pé nem cabeça fica ainda pior nos momentos finais, talvez por isso a grande surpresa da trama é guardada para uma cena pós créditos e que serve também como gancho para o quinto filme, que já recebeu sinal verde do estúdio.
“Resident Evil 4: Recomeço” não apresenta nenhuma novidade e ainda se distancia mais do game original, apresentando uma história vergonhosa e totalmente supérflua na franquia.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário